quarta-feira, 16 de abril de 2014

Dengue tem que Acabar! Tire suas dúvidas



1. O que é dengue?

A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

2. Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?

Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

3. Quais são os sintomas da dengue?

Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

4. O que devo fazer se aparecer alguns sintomas?

Buscar o serviço de saúde mais próximo.

5. Como é feito o tratamento da dengue?

Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássica. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a Aspirina, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. É importante também que o paciente fique em repouso e ingira bastante líquido.

Já os pacientes com febre hemorrágica do dengue (FHD) devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. A SVS alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

6. A pessoa que pega dengue pode morrer?

A dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. No entanto, ela é mais grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo, a pessoa não corre risco de morte.

7. Quais os cuidados para não se pegar dengue?

Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo, uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos nesse local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

8. O que devo fazer para evitar o mosquito da dengue?

Para evitar o mosquito da dengue é preciso eliminar os focos do Aedes. Veja o que você precisa fazer:
Tampar as caixas d’água
Limpar as calhas
Tampar galões, tonéis, poços, latões e tambores
Cobrir e secar pneus que não estão sendo utilizados
Limpar e incluir telas nos ralos
Limpar e secar as bandejas de ar-condicionado
Limpar e secar as bandejas de geladeira
Vasos de plantas sem pratinhos
Não acumular água em bromélias e outras plantas
Fechar vasos sanitários que não são usados constantemente
Virar os baldes com a boca para baixo

9. Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?

Sim, podemos, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.

10. Posso pegar dengue de uma pessoa doente?

Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.
 

11. Quantos tipos de vírus da dengue existem?

São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.

12. Por que há preocupação com o tipo 4?

A preocupação das autoridades sanitárias com o tipo 4 se dá pelo fato de que a população nunca foi exposta a ele antes e isso pode aumentar a gravidade da doença. Uma pessoa que contrai o vírus da dengue do tipo 1, estará imune a ele, mas não aos outros três. Quando a pessoa é picada pelo Aedes aegypti pela segunda vez, o organismo tende a produzir anticorpos para o sorotipo que causou a doença anteriormente e isso agrava a situação.

13. Existe vacina contra a dengue?

Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme nesse propósito. Estimativas indicam que deveremos ter um imunizante contra a dengue em cinco anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

14. Por que essa doença ocorre no Brasil?

É um sério problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente nos países tropicais como o nosso, onde as condições do meio ambiente, aliadas a características urbanas, favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Mais de 100 países em todos os continentes, exceto a Europa, registram a presença do mosquito e casos da doença.

15. O inseticida aplicado para matar o mosquito da dengue funciona mesmo? E a nebulização (fumacê)?

Sim, os produtos funcionam. Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela SVS têm eficácia comprovada, sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.

Os larvicidas servem para matar as larvas do Aedes. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate à dengue coloca nos ralos, caixas d'água, ou seja, naqueles lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.

Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o Aedes tem hábitos diurnos. O fumacê não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a transmissão da doença em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada num momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.



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